domingo, 21 de junho de 2009

DEUS NA NATUREZA E A NATUREZA DE DEUS!

Nesta existência fomos feitos com, por e também para a Natureza.Tudo começou em um jardim e tudo quanto significou alienação de Deus depois disso, sempre foi marcado pelo distanciamento do homem do ambiente natural, caminhando cada vez mais para a criação de cidades, de ajuntamentos, de torres, de centros urbanos, e de mundo, conforme o conhecemos.Hoje cedo, enquanto meditava e orava, considerava a quantidade enorme de vezes em que o que Paulo dissera sobre a Natureza, sobre a criação, se tornara verdade de Deus em mim; Evangelho suave e de brisa, de água e de fogo, de fumaça e de cheiro, de estrelas e de gotas, de meninos e meninas e de formigas e formiguinhas; de velho e de madeiras ocas, de caules firmes e de imbaúbas frágeis; de mar e de rio, de lago e de igarapé, de areia e de campina, de imensidão e de azul aberto ante os olhos... — e testemunhei com o apóstolo em minha alma, pelo meu próprio conhecimento e experiência existencial e espiritual, que “o que de Deus se pode conhecer é manifesto por meio das coisas criadas”.Então em minha mente viajei desde sempre, desde a infância, recordando como a natureza havia sido um dos elementos mais gritantes do livramento e da graça de Deus sobre mim, em cada fase da vida, da infância ao dia de hoje; tendo sido eu mais advertido, ensinado, alentado, reanimado, acalentado, alegrado, encantado, e convocado por ela à vida e a Deus, do que por qualquer pregador, ou livro, ou saber, ou conhecimento, ou instrutor humano.Desde de menino que Deus se manifesta a mim na natureza. Entre todos os meios que Ele tem de me falar sempre, sempre me fala também pela natureza.Como homem ocupadíssimo por mais de trinta anos, mesmo vivendo uma vida de cão, do ponto de vista dos excessos de ocupação, praticamente não havia noite que, ao chegar em casa, não fosse direto para o jardim; tirando a roupa, o paletó, a gravata, os sapatos, as meias, ali mesmo; arregaçando as mangas e começando a molhar as plantas descalço; regando mais a mim mesmo que as bichinhas; e, se fosse tarde da noite, ficava sem roupa e me molhava junto... Se chegasse mais cedo eu tinha que acender um fogo no quintal também, e sentir cheiro de madeira queimando, ou mesmo de folha seca queimando... Isto enquanto molhava as plantas...Em todos os meus mais sérios momentos de depressão ou aflição nesta existência foi na Natureza que me enfiei e discerni Deus e Seu amor, desde a sensorialidade alegrada pela criação, até à contemplação de Sua Majestade.Para mim, sinceramente, humanidade sem Natureza é aleijão.É a Natureza que nos dês-alienígena.Longe da Natureza somos totalmente estranhos ao planeta Terra!Aquele caminho de Jesus que diz que pouco é necessário, ou mesmo um só coisa..., não apenas simplifica a vida, mas também, inevitavelmente, nos faz andar em um caminho descalço, no qual o toque do chão real, feito de terra e de poeira, faz parte de nossa saúde mental e espiritual.O outro nome do Éden é Natureza!É por isto que a Natureza faz tanto bem!

Nele,

Caio
20 de junho de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ATENÇÃO

Domingo, dia 19/04, às 10 Horas, retornaremos com nossos Encontros Comunitários na Escola Estadual Geraldo Teixeira da Costa, situado à Rua Benedito Freire da Paz, 213 - Boa Esperança - Santa Luzia - MG (ao lado do Posto Beira Rio e EPA da Sede de Santa Luzia, com entrada ao lado do SENAI)
Nossos Encontros tem por objetivo, proporcionar o privilégio de passarmos momentos juntos em comununhão, celebrando relacões humanas, estudando e refletindo a luz do Evangelho de Cristo, afim de nos incentivarmos mutuamente a vivermos o Evangelho da Graça para a vida.
Esperamos por vocês.
Nele que é amor e vida abundante.
Mentoria

quinta-feira, 26 de março de 2009

"Parece ser, mas não é"

Colunas — O caminho do coração

Parece ser, mas não é

Ricardo Barbosa de Souza


O apóstolo Paulo sempre recomendou o autoexame. No final de sua segunda carta aos coríntios ele sugere: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos”. Tenho pensado ultimamente sobre o quão real e verdadeira é nossa fé. Não estou preocupado com nossas convicções, mas se a fé que temos em Cristo é viva, real e verdadeira.A cultura da aparência é uma das características mais cultuadas e criticadas da civilização pós-moderna. Acostumamo-nos a parecer aquilo que não somos. As imagens são retocadas; os currículos, maquiados; os entrevistados, treinados a dizer o que se espera deles. A tecnologia oferece cada vez mais recursos para isso.Hoje temos ferramentas capazes de criar uma falsa realidade, e o real se torna cada vez mais insuportável. Fazemos de tudo para maquiar a velhice, mudando inclusive seu nome: agora se chama “terceira idade”. A alegria deixou de ser um estado da alma e tornou-se um produto que se adquire nas prateleiras das farmácias, em consultórios e em clínicas especializadas.Nossa fé também sofre as consequências da cultura. Recentemente, eu meditava na pequena carta à igreja de Laodiceia no livro de Apocalipse, e me dei conta de que é uma igreja muito parecida com as que conheço. Percebi que, ao contrário das outras igrejas do Apocalipse, a de Laodiceia não tinha nenhum problema com as perseguições externas, nem com os falsos profetas -- seu problema era ela mesma.O diagnóstico que recebe é ela mesma quem dá: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”. Não é necessário comentar sobre tal cidade e sua riqueza; detenho-me na relação entre a riqueza e a autossuficiência. Também não pretendo limitar o conceito de riqueza a algum padrão econômico, mas a um estado em que não criamos espaço para a dependência.Nossas igrejas são assim. Somos ricos de gente brilhante e talentosa. Somos ricos de ideias, de conhecimento, de recursos e tecnologias. Temos músicos competentes, professores bem preparados, recursos de multimídia, acesso às modernas técnicas terapêuticas, desenvolvimento humano, dinâmicas que incrementam nossos relacionamentos e espírito de equipe. Somos abastados e, se precisarmos de alguma coisa, será de um “upgrade” em algum dos itens acima.É claro que não há nenhum problema em ter pessoas talentosas e competentes na igreja. O problema está em “não precisar de coisa alguma”. Em outras palavras, o problema está em parecer que somos o que não somos. Laodiceia parecia rica, mas era pobre. Parecia conhecer tudo, mas era cega. Parecia bem vestida, mas estava nua. Parecia adorar, mas Cristo permanecia do lado de fora. Parecia que era, mas não era. É isto que a riqueza -- tecnológica, científica, intelectual etc.-- cria. Nossas igrejas pensam que boa música é sinônimo de boa adoração; que ter uma boa doutrina e uma boa pregação significa ter uma boa espiritualidade; e que, por terem bons programas e projetos, têm uma missão. Porém, uma coisa não implica outra.Por causa de sua riqueza e autossuficiência, Laodiceia tornou-se uma igreja morna. A mornidão é o estado de pessoas ou comunidades que não desejam nada, não sentem a ausência de nada, não buscam nada, não lutam por nada. Sentem-se confortáveis e acomodadas. O problema é que acreditam que já possuem tudo. É possível encontrar nessas igrejas muita gente animada, cantando e pulando, participando de projetos e programas; no entanto, o que há de real em tudo isso?Laodiceia simboliza a igreja moderna e abastada, sem consciência do que lhe falta, sem desejo, confortável e morna. Uma igreja que tem tudo, mas não tem nada. Nesse autoexame proposto por Paulo, concluo que nos falta uma identidade primária, aquela que nos é dada pelo Senhor, fruto da união com Cristo, da comunhão, da relação de amor e dependência sem a qual tudo mais é apenas ilusão, aparência de algo que não mais existe.
• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.


For more widgets please visit www.yourminis.com

Bíblia Online

  © Blogger template 'Greenery' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP